A ACAP disponibilizou dados sobre o mercado automóvel nacional de onde se podem extrair algumas conclusões interessantes, especialmente no que aos ligeiros de passageiros diz respeito.
- Os fabricantes com maior crescimento
- Os fabricantes com maior decréscimo
- Os fabricantes que mais venderam
- Os fabricantes que menos venderam
- Cota de mercado
Os fabricantes com maior crescimento
A inglesa MG fez “magia” e conseguiu vender quase 500% mais do que terá vendido no período homólogo do ano anterior. Seguida da americana Tesla com um acréscimo de quase 300%. Só a diferença destes dois valores — quase 200% da MG para a Tesla — é significativamente superior à variação do 5º lugar deste ano, ocupado pela japonesa Suzuki. É de realçar o quão bem a MG se tem portado, no que toca às vendas!
Em 3º lugar ficou a Alfa Romeo com uma diferença de 281% para o ano anterior, seguida da chinesa e recente no nosso mercado, Aiways com uma subida de 154%.
- MG (+498%)
- Tesla (+291%)
- Alfa Romeo (+281%)
- Aiways (+154%)
- Suzuki (+134%)
Os fabricantes com maior decréscimo
Se observar os fabricantes que melhores prestações tiveram no nosso mercado é um exercício interessante, observar os que piores prestações fizeram é de alguma forma indicativo naquilo em que o nosso parque automóvel se está a tornar.
A boa notícia é que as diferenças são bem mais pequenas do que as que vimos acima, mas ainda assim, significativas.
O fabricante que menos diferença notou foi a inglesa Bentley, com uma descida de 16%. De seguida temos a coreana Hyundai com uma descida de 19%. A meio do top 5 dos fabricantes que maior variação negativa tiveram nas vendas, vemos a alemã Smart com uma descida de 20%. Por fim, e com números um pouco mais significativos temos a inglesa Jaguar com uma descida de 29%, seguida da japonesa Honda com uma descida de 54%, que significa que acabou por vender menos de metade do que teria vendido no mesmo período de 2022.
- Bentley (-16%)
- Hyundai (-19%)
- Smart (-20%)
- Jaguar (-29%)
- Honda (-54%)
Os fabricantes que mais venderam
Ainda que estes não sejam os que mais se destacaram em relação ao mesmo período do ano anterior, são efetivamente, os que mais veículos venderam em território nacional até Junho de 2023.
Em 1º lugar temos a francesa Peugeot com pouco menos de 13.000 unidades vendidas. Seguida da também francesa Renault com pouco menos de 9.500 unidades. A romena Dacia — mas também sob controlo da Renault — encontra-se em 3º lugar com cerca de 7.600 unidades. Em 4º temos a alemã Volkswagen que vendeu cerca de 7.500 unidades. E por último, em 5º, a também alemã BMW com pouco mais de 7.000 unidades.
Este é portanto um top 5 entre a França e a Alemanha. Mas o mais interessante deste top 5 a meu ver é que a diferença do 1º para o 2º lugar é drasticamente superior à soma das diferenças entre todas as outras posições.
- Peugeot (12.914)
- Renault (9.466)
- Dacia (7.652)
- Volkswagen (7.563)
- BMW (7.041)
Os fabricantes que menos venderam
Confesso que não me admira muito que o top 5 dos fabricantes que menos venderam sejam na sua maioria fabricantes de carros desportivos.
Em 1º lugar e com partilha de posição temos a inglesa e luxuosa Rolls-Royce que vendeu 1 unidade. Partilha a posição com outros 2 fabricantes também eles ingleses, a Lotus e também a McLaren. Em 4º lugar temos a também inglesa Caterham com 2 unidades vendidas. E por fim, a francesa Alpine com também 2 unidades.
- Rolls-Royce (1)
- Lotus (1)
- McLaren (1)
- Caterham (2)
- Alpine (2)
Cota de mercado
Já sabemos que fabricantes mais venderam no nosso mercado. Mas que peso têm eles realmente na indústria automóvel do nosso país? Segundo dados da ACAP venderam-se no total 110.155 automóveis até ao passado mês de Junho.
A Peugeot, que foi quem mais vendeu, teve uma cota de mercado de 11.72%. Em 2º lugar encontra-se a Renault com 8.59%. Seguida da Dacia com 6.94%. Nos últimos 2 lugares estão a Volkswagen com 6.87% e a BMW com 6.4%.
- Peugeot (11.72%)
- Renault (8.59%)
- Dacia (6.94%)
- Volkswagen (6.87%)
- BMW (6.4%)
Tudo somado, este top 5 corresponde a cerca de 40% de toda a indústria automóvel nacional. Não esquecer que estes dados são referentes a apenas os primeiros 6 meses de 2023.
