A Ford procura soluções para melhorar carregamentos elétricos

A Ford procura soluções para melhorar carregamentos elétricos

O carregamento dos carros elétricos pode-se tornar bastante inconveniente. A Ford sabe disso, e está à procura de formas alternativas de o fazer.

Ainda recentemente falamos de como um carregamento de um carro elétrico em menos de 10 minutos seria ouro sobre azul.

Se olharmos para como o carregamento dos telemóveis evoluiu ao longo dos anos vemos que a certa altura, não só o carregamento por fio se tornou significativamente mais rápido, como o carregamento sem fios veio tornar essa tarefa diária significativamente mais prática e fácil.

Esta última etapa já existe nos carros elétricos. O carregamento sem fios não só já é uma opção em fabricantes como a BMW, Mercedes-Benz e Audi como ainda existem opções extra no mercado que não estão ligadas a nenhum fabricante, como por exemplo da WiTricity.

No entanto, este sistema que a Ford está a tentar patentear desde o início de Junho tenta resolver um problema que facilmente acontece com carregamentos sem fios.

Tal como acontece nos telemóveis, quando algum objeto, especialmente metálico, aparece entre o recetor e o emissor de energia, o carregamento é interrompido. Isto pode tornar-se demasiado incómodo no caso dos carros elétricos. Não só porque não é cómodo espreitar por baixo do carro para ter a certeza que o deixamos no sítio certo. Mas também porque a dimensão do carro faz com que esta tarefa se torne mais difícil.

A solução da Ford? Um sistema baseado em câmaras e avisos sonoros ou visuais.

No fundo, a Ford planeia conseguir perceber através de câmaras que apontam para o chão se existe algum objeto por baixo do carro que poderá fazer com que o carregamento seja interrompido. Se for o caso, o carro pode não só dar sinais luminosos como também fazer-se ouvir para avisar o condutor que existe a possibilidade do carregamento sem fios não acontecer.

Mas como em tudo, é uma questão de números.

Deixar de usar e transportar cabos grandes e grossos tem um preço demasiado alto neste momento. As soluções disponíveis no mercado custam uns milhares de euros. E a instalação é paga em separado.

Haverá assim tantos consumidores tão interessados ao ponto de pagarem milhares de euros por um carregador sem fios para o seu carro elétrico? Ou será que a Ford vai conseguir reduzir os custos drasticamente, em grande parte por estar a lidar com um conjunto de carros bem mais restrito e controlado?

Seja de que forma for, a minha esperança é que o sistema da Ford tenha inteligência suficiente para que as câmaras não estejam expostas à sujidade enquanto circula na estrada para que possam funcionar como esperado assim que chegamos à garagem.